Um jogo, uma derrota

Sejamos sinceros: merecemos perder.
Há vários factores num jogo de futebol que podem servir para aferir a justeza ou não de um resultado. O primeiro tem a ver com os golos, óbvio. Se uma equipa marca mais golos, em príncipio merece a vitória. Mas mesmo os mais cépticos e anti-resultadistas teimam em não concordar com isso e buscam outros aspectos como número de cantos, posse de bola, remates à baliza, etc, para terem a certeza que a equipa X mereceu ganhar à equipa Y.
Para mim, para além do resultado em si, basta-me as oportunidades de golo. Com estes dois elementos, penso que consigo fazer uma correcta apreciação ao justo vencedor. E aqui, meus amigos (e aliás já ontem tinhamos falado disso), eles voltam a ganhar.

Ou seja, a equipa dos Killers (com quem já perdemos e ganhámos) ontem foi superior a nós em golos e em oportunidades. Não há como negá-lo, por isso, para mim, foram justos vencedores. Nem sequer me importo se tivemos 80% de posse de bola, se rematámos 30 vezes, nem tão pouco se tivemos o dobro dos cantos. Se nada disto resulta em oportunidades claras de golo, de muito pouco serve, a não ser o conforto moral daqueles que com isto se contentam. Eu, prefiro a vitória.

Posto isto, penso que temos duas maneiras de encarar o problema:
1- assumir que eles são melhores, resignarmo-nos e continuar a jogar como se nada tivesse acontecido
2- pensar que talvez não tenha sido tanto mérito deles, mas sim demérito nosso

Deixo a dupla opção e cada um tirará as suas conclusões. Cada um de nós tem o pleno direito de concordar mais com a primeira ou com a segunda (penso que não existe uma terceira).

Deixo o meu ponto de vista:
Visto que noutros jogos já ganhámos aos Killers, será que a opção 1 fará sentido? Embora ontem tenham sido melhores, penso que em geral, como equipa, não o são, e isso é demonstrado pelas mais recentes classificações finais do campeonato.
Por conseguinte, quanto a mim, faz mais sentido pensar na opção 2. Mas pensar na opção 2 não é olhar para ela, aceitar e concordar. É mais do que isso, é "pensar" nela. E isto remete-me para uma outra via, mais pessoal e que era bom que cada um a fizesse por si.

Deixo o desafio: tentarmos, individualmente, encontrar as razões para o nosso próprio insucesso. Não como equipa (porque isso penso que funcionou), mas sim na atitude boa ou má que cada um teve, o que podia ter feito melhor e os erros que cometeu e que devia melhorar.
Isto tendo sempre em conta, claro, que foi o primeiro jogo da época. Eu, da minha parte, já fiz a auto-análise e garanto-vos que contra os Infiltrados vou estar diferente, para melhor.

Grande abraço a todos!!!